domingo, 2 de abril de 2017

Que o 1º de Abril continue sendo o dia da mentira

Cruzeiro 2 x 1 Atlético - Salve Salve Atleticanos, o 1º de Abril é mundialmente conhecido como dia da mentira, data maldita que sempre um engraçadinho vem com uma piadinha, 90% das vezes de mau gosto que apenas diverte pelos 2 segundos iniciais ou as vezes nem isso.
Fonte: Superesportes.com
Para o Atleticano 7 jogos sem vencer o rival Cruzeiro parece uma piada de primeiro de abril, custa a digerir, custa a acreditar. Até porque nos melhores momentos da história dos rivais o Atlético sempre venceu clássicos. Era assim com o time de Tostão, era assim com o time de Joãozinho, Raul e Nelinho, era assim também com o time do Palinha, do Alex Alves, do Alex Talento, e foi assim principalmente com o time de Everton Ribeiro e Ricardo Goulart. Essa mística inclusive foi inspiração para que a torcida elaborasse talvez uma das musiquinhas mais sensacionais das arquibancadas desse Brasil varonil, a famosa: “Maria eu sei que você treme...” Zoeira da melhor qualidade oriunda de uma declaração do ex jogador azul Paulo Roberto Costa, lateral que jogou pelo lado de lá nos anos 80/90 que admitiu o “recibo”, o medo, a tremedeira por parte dos palestrinos.
Entretanto de 7 jogos para cá o elenco atleticano parece estar vivendo um eterno primeiro de abril, uma mentira, um pesadelo que está demorando demais a passar. Não se pode ficar tanto tempo assim sem vencer um clássico!
Tá certo que os psicólogos do esporte atestam um negócio chamado zona de conforto, principalmente pelo fato que de 2015 pra cá o time do outro lado caiu muito tecnicamente. O Atlético não vê a raposa nem no retrovisor do Fábio de Costas e por conta desse suposto salto alto não tem entrado nos clássicos como se deve entrar: com a faca entre os dentes, como se fosse a última batalha.
A derrota de ontem talvez seja a menos importante desse conjunto de 7 jogos, tendo em vista que a fase inicial da Rural’s League já está definida e já estamos em primeiro. Porém acredito que finalmente senti a insatisfação necessária com um resultado desse. Jogador não pode achar normal perder clássico, e finalmente pelo tom das entrevistas pós-jogo parece que ascenderam a luz amarela, acordaram para a vida.
O jogo em si se fosse uma peça ou um filme de Hollywood poderia ser muito bem definido em três atos: O Galo no seu tradicional 4-4-1-1 (me recuso a chamar de 4-1-4-1 pois Carioca e Elias jogam alinhados) foi a campo com Giovanni, Rocha, Leo Silva, Gabriel e Fábio Santos, Otero, Elias, Carioca e Cazares, Robinho e Fred.
Com 1 minuto e 30 segundos Marcos Rocha, indiscutivelmente o melhor lateral direito do Brasil, foi moleque na saída de bola errou um passe infantil armou o contra-ataque azul, tudo que um time pequeno quer quando joga acuado, que foi suficiente para Thiago Neves chutar e Giovanni aceitar, sim foi uma falha grotesca do nosso goleiro, aquela bola nunca poderia passar onde passou.
Fonte: Superesporte.com
Com o placar contrário a equipe de Roger Machado não se assustou, manteve seu padrão de trocas, de posse, aos 24 minutos do primeiro tempo chegou a ter 71% de posse de bola, domínio territorial absoluto sobre um Cruzeiro que mesmo com maioria de torcida, jogando “em casa” optou pelo respeito e pelos contra-ataques, coisa de um time que sabe suas limitações e sabe contra quem está jogando.
Aos 25 minutos o segundo ato começou, falta lateral, bola na área: Fred solta o braço em Manuel. Eu sinceramente não vi maldade no lance, um cartãozinho amarelo estava de bom tamanho, mas o centroavante foi infantil dando mole para o azar principalmente pelo fato da arbitragem mineira estar bem pressionada pelo lado azul. Já que faz um tempo que eles só comemoram Super Liga de Vôlei.
Fonte: Globo.com
Com um a menos tudo que Roger Machado havia planejado foi por água abaixo, tendo em vista que a superioridade numérica deu ao Cruzeiro controle do jogo que até então não tinha. O Galo por sua vez se descontrolou emocionalmente, algo normal. A ponto de Roger fazer uma substituição que deveria ser feita no ato da expulsão. Se estamos com um a menos, há de entrar em campo quem joga por dois, quem tem sangue quente nas veias, quem já viveu e venceu inúmeros clássicos, inclusive valendo título nacional. Falo do menino maluquinho Luan. Sua entrada organizou um pouco a equipe.
Na segunda etapa mesmo com um a menos o time tentava, a torcida pode cobrar várias coisas menos omissão desses jogadores, principalmente do nosso camisa 8, Elias, que não fez um jogo tecnicamente perfeito, errou muitos passes, mas ao mesmo tempo quando o caldo estava entornado foi o cara que chamou a responsabilidade, principalmente nos momentos ofensivos.
Porém em mais uma mentira desse primeiro de abril quando Atlético esboçava uma reação mais contundente mesmo com um a menos, em um misto de infantilidade da zaga, mão mole do goleiro e sim erro de arbitragem (Thiago Neves estava irregular) o Cruzeiro ampliou o placar com Arrascaeta.
Roger então colocou o outro homem que joga por dois e joga por nós, pois saiu da arquibancada direto ao gramado. He-Man fez o que tem feito, é um Tanker. Centroavante rompedor, lembrando os áureos tempos de Dadá Peito de Aço e numa jogada em que ele estava sozinho se degladiando contra três, a bola sobrou para Elias marcar o gol de honra. 2x1.
Fonte: Atlético/Bruno Cantini
Os minutos finais talvez foram a melhor lembrança para a torcida tanto nossa quanto a dos rivais, para nossos jogadores, para o técnico, para todos que estivessem envolvidos ali de quem é o Atlético. Foram 5 minutos de verdade, de coração na ponta da chuteira, de superação e sim de cagaço do outro lado, pois onde já se viu 35 mil contra 5, o time dos 5 mil perdendo e só se escutava Galo no fim do jogo. Aos 49 minutos, fraldas azulinas foram trocadas, Rafael Moura colocou a bola pra dentro, seria o empate apoteótico se não fosse a bandeira do homem de amarelo, mais uma mentira para esse primeiro de abril.
No fim das contas aquele final de jogo parece que devolveu o brio que faltava aos nossos jogadores e sim também lembrou aos cruzeirenses que a tremedeira sempre está com eles, que o cagaço é deles.
E para fechar amigos, vamos reencontrar os azuis na final, e como diria um certo Bruxo: “quando tá valendo, tá valendo”. Que o primeiro de abril continue sendo o dia da mentira.
Saudações Alvinegras
Somos Galo!
Por: Matheus Henrique Fernandes (Mhfernandes89)

sábado, 1 de abril de 2017

A MASSA DO GALO


No último dia 25, o Galo completou 109 anos! Em meio a todos meus pensamentos daquela data uma certeza se tornou mais forte: Nós somos o maior patrimônio do Galo.
O Clube Atlético Mineiro possui o melhor CT da América e está entre os 5 melhores do mundo, tem sua sede no metro quadrado mais caro de BH, é dono do mais valioso shopping da cidade, conta com jogadores caríssimos em seu elenco e mesmo assim a torcida segue sendo o que tem de melhor. 
A elitização do futebol aconteceu de modo natural, a evolução em busca de conforto tem alto custo e esse valor é repassado aos espectadores do show e com isso alguns torcedores se distanciaram dos estádios. Contudo, uma tradição atleticana aproxima TODOS os torcedores alvinegros. 



Na noite anterior ao aniversário do Galo nos reunimos no parque municipal, local onde foi fundado o clube, e subimos em direção a sede do glorioso. Na sede, fizemos uma vigília e o auge se dá a meia-noite, quando parabenizamos o Galo e comemoramos a sua existência. Esse ano estive fotografando e gravando vídeos para usa-los neste texto e me emocionei por diversas vezes. Relembramos nossos ídolos, vi companheiros de arquibancada que hoje estão na imprensa nos representando tão bem, vi muitos torcedores que não podem ir com frequência ao estádio cantar TODAS as músicas de exaltação ao Galo. 





Me emocionei por ser Atleticana e saber o que isso significa para cada um. Tivemos a narração ATEMPORAL de gols históricos e por diversas vezes cantamos o Hino, esse cântico que nos dá identidade. Definitivamente, o Galo é a Paixão do Povo. Em nossa torcida não há distinção, aqui há união. O galo nos unifica. Quando toca “Bota a cara alemão”, o rico e pobre, o branco e negro, o cristão e o ateu, a criança e o idoso, TODOS se unem em um único proposito, cantar para o Galo.






Não importa a idade de qualquer um, nós somos Atleticanos a 109 anos.
Atleticano, conheça a linda história do Galo e se orgulhe dela. Repasse para as crianças todo esse amor, porque enquanto houver uma criança atleticana, o Galo será imortal.

Obrigada por existir meu Galo. Eu te amo. Se eu pudesse viver 10 vezes, só as aceitaria se pudesse viver para torcer para ti Galo!